domingo, 21 de fevereiro de 2010

O espelho do banheiro me define geralmente antes de ir para cama, todas as noites ou em amanheceres, é sempre relativo..

O safado me diz um adjetivo conforme a proporção da maquiagem borrada, seja pelo fim da balada ou de um dia de trabalho..


Sinto dores horríveis como
se ele quebrasse e milhares de cacos me cortassem, quando estou diante dele nos dias de ressaca, nesses dias em especial ele me faz chorar muito.

O grande espelho nunca me olhou nos olhos, nem sabe a sua cor mas sussurra baixinho que muitas vezes eles estão cinza, quase sem vida.


Espelho meu do medo..

Espelho meu dos olhares superficiais..


dos olhares egoístas,


dos sorrisos forçados e até dos sinceros tão mais presentes..

Espelho meu dos dias longos, das noites eternas.


Espelho meu de uma vida cheia de cores, de uma vida de fantasia.


Mas de uma vida..

meus olhos nunca serão cinzas, nem quando fecharem-se pra sempre.




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