Sobre o terminar..
Isso não sai da minha cabeça, e pela primeira vez não é motivado por qualquer impulso relacionado a estresse ou paixões platônicas que invento.
Sete anos e pouco. Terminar.. pois não existe mais brilho, não existem mais beijos, o sexo é meramente para suprir necessidades, não existe mais paixão – paixão move o mundo. Terminar.. porque o que restou foi o companheirismo, a amizade e a compreensão de quase uma década. Nos olhares sabemos o que um está pensando sobre a situação, mas ninguém consegue falar. No fundo me pergunto se isso acontece com todo mundo depois de um tempo, mas não conheço absolutamente ninguém, com a realidade como a nossa.
Antes nos víamos com mais freqüência, dificilmente demorava mais de 2 dias. Hoje leva mais de uma semana e nos encontramos para eventos sociais e para aquela questão das necessidades. Desenvolvemos um outro lado nosso, quando juntos as conversas são brandas, sobre dia a dia, quando estamos com amigos falamos coisas que um se surpreende com o outro.
Sinto que já está na hora de desvincular. Ele está com nova vida, faculdade, logo, logo começa a trabalhar, enfim está começando a despertar para o mundo adulto e eu? Rs daqui a 3 anos estou com 30, já não tenho gás para esperar, por comodismo, costume, quero paixão, quero loucura, vida.
Eu realmente o amo muito, queria terminar e continuar como sua melhor amiga, mas ele não é evoluído o bastante, não entenderia. Acho que amamos alguém quando conseguimos entender o que é liberdade, deixar livre. Sem drama, sem teatro, sem forçar, sem insistir, sem sofrer..
Fico a me perguntar quando eu deixei de estar presente durante todos esses anos e lembro que começou quando passei a desacreditar quando vi que meu amor era desacreditado, quando fui tratada como objeto, por vaidade dele, enquanto ele estava com outra. Ali sofri como nunca tinha sofrido na vida, mas o amava e ele foi livre em todas as suas escolhas de idas e voltas. Mas ali, entendi que tinha que ser fiel aos meus sentimentos, e fui, e por isso deixei de estar presente com toda a minha alma pelo menos nos últimos 2, 3 anos. Não sei, não sei, eu estou prestes a explodir porque hoje meus amigos são os amigos dele, e nas raras vezes que encontro meus amigos não consigo conversar. Conversar com outras pessoas fico parecendo coitada, naqueles papos de malandro que diz que não está dando certo com a esposa só pra comer a vizinha – a ouvinte e o ombro amigo rs.
Mas realmente não agüento, e sinto meu peito apertado por isso.. terminar se faz necessário, mas eu não sei como fazer. Sete anos não são sete meses.
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